sábado, 29 de novembro de 2008

O Novo Perfil do Profissional de TI e suas Ferramentas de Trabalho

Project Managers: profissionalismo na prestação de serviços de TI
São Paulo, Brasil, 4 de outubro de 2001 — Após o advento da Web e a natural evolução das aplicações para o que chamamos de Web Services, "integração" passou ser palavra-chave do vocabulário de TI. A capilaridade da Web trouxe as oportunidades de B2B, B2C, e-Commerce e mais recentemente EAI - Enterprise Application Integration - aumentando consideravelmente a sofisticação dos sistemas e conseqüentemente sua complexidade. Projetos de EAI são tipicamente multi-vendors, em ambientes distribuídos e heterogêneos, demandando planejamento de integração de múltiplas aplicações e gestão de equipes multi-coordenadas.
Junto com a complexidade, o mercado mudou também o conceito de "successful project", que não se limita mais apenas à questões funcionais das aplicações: requisitos de prazos, recursos humanos, boa integração entre as equipes e principalmente gestão consciente de risco e de relacionamento com o(s) cliente(s)/sponsor(s) do projeto são agora indicadores básicos para avaliação de quão bem sucedido podemos considerar um projeto.
Neste contexto, a Gerência de Projetos surge como elemento essencial na condução eficaz e eficiente das diversas etapas da integração, exigindo cada vez mais a presença de profissionais experientes, capacitados, que conheçam e adotem metodologias testadas e aprovadas, e que tenham condições de adaptá-las às mais diversas situações que deverão ser enfrentadas. Este artigo apresenta uma discussão a respeito da crescente valorização deste profissional no mercado de TI, que busca profissionalismo e otimização na prestação de serviços.
A venda dos produtos deu lugar à venda da integração, e a antiga instalação dos produtos passou a compor-se de uma série de atividades, começando pela elaboração de uma arquitetura da solução, passando pela análise de opções e, por último, identificação dos produtos e das plataformas necessárias. O cliente passou a buscar soluções completas, buscando concentrar-se nos requisitos de negócio que devem ser atendidos, e não na tecnologia empregada. O cliente, principalmente aqueles cujo core-business não seja TI, não tem interesse em especializar-se nas tecnologias disponíveis no mercado, conhecendo-as profundamente, a ponto de poder tomar uma decisão sobre elas. Para ele, é mais interessante estabelecer bons relacionamentos com empresas cuja especialidade seja elaborar soluções.
Assim, o conceito de qualidade evoluiu junto com a demanda, do ponto de vista do cliente: bons relacionamentos significam conhecer integradores de sistema de confiança, que saibam ouvir o cliente, identificar suas necessidades e oferecer a melhor solução, até mesmo ajudando-o a identificar qual é seu real problema. Esta etapa é, na realidade, a primeira deste processo, pois o cliente também precisa de alguém que entregue esta solução pronta e funcionando, além de alguém que saiba administrá-la, mantê-la (preventiva e corretivamente), oferecer suporte aos usuários, ou treinar as equipes que ficarão encarregadas disto.
Frente a esta evolução, os integradores de sistema passaram a considerar o desafio de como ganhar a confiança de novos clientes, que precisam avaliar adequadamente os riscos de integração com empresas desconhecidas, obtendo subsídios para decidir entre uma integradora e outra? Quais argumentos podem ser utilizados para convencer o cliente de que há mais chance de sucesso escolhendo a minha empresa, do que a de meus concorrentes?
De um modo geral, as empresas não possuem market share suficiente, para poder contar apenas com seu nome e sua fama em experiências anteriores. O mercado está cheio de casos de grandes empresas, multinacionais, que mesmo assim fracassaram ao atender determinado cliente, e isto ocorre principalmente porquê a tática utilizada, normalmente, é a da replicação de casos de sucesso.
A chave para entender a dinâmica desta evolução está em perceber que a integração de sistemas deixou de ter a simplicidade da venda de produto(s) e passou a ter a complexidade daquilo que normalmente denominamos "projetos". A palavra projeto traz consigo uma conotação de empreendimento, empreitada, compromisso em alcançar determinadas metas pré-estabelecidas, e é justamente isto que os integradores de sistema devem oferecer agora para seus clientes.
A confiança do cliente em uma ou outra integradora irá depender da capacidade de seus profissionais em conduzir os projetos visando alcançar tais metas. Esta passará a ser a nova oferta dos integradores, e não mais soluções unicamente baseadas em produtos. Saber vender esta oferta significa convencer o cliente de que a integradora possui profissionais capacitados para conduzir adequadamente seu projeto.
Conclusão
Em um mundo de integração cada vez mais complexo, oferecer serviços passou a ser uma atividade de alto risco, que deve ser conduzida por profissionais, permitindo aos tomadores de decisão priorizar adequadamente cada projeto e distribuir seus recursos de forma eficiente e racional.
Além disto, mais e mais os clientes demandam qualidade nos serviços oferecidos - o conceito mais amplo de Professional Services. Projetos devem ser bem conduzidos, bem dimensionados, custar o previsto e ser entregue no tempo planejado e combinado. Além disto, é claro, devem atender aos requisitos iniciais, sem grandes surpresas (para nenhum dos lados), nem durante sua fase de implementação, nem no ato da entrega.
FONTE: http://www.fujitsu.com/br

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